quinta-feira, 15 de abril de 2010

Hábitos Sexuais da humanidade


Veja abaixo os diversos hábitos sexuais que faziam a cabeça da humanidade que habitou o planeta entre 2 milhões a.C. e 4000 a.C.


POSIÇÕES

Nada de papai-e-mamãe na Pré-História. Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia, datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima, posição também encontrada em obras de arte da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão. Outra imagem “pré-histórica” mostra a mulher sentada com as pernas levantadas para facilitar a penetração do homem. A relação com penetração por trás também aparece com frequência, assim como imagens de sexo oral.

CASAMENTO

No Paleolítico, a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes se casavam com várias mulheres, seguindo o comportamento de animais polígamos, como bisão e veado. Já no Neolítico, a Idade da Pedra Polida, a monogamia passa a ser predominante. Nessa época, os homens passaram a domesticar animais. Observando o estilo de vida dos bichos e o papel do macho na procriação, os homens passaram à monogamia.

MASTURBAÇÃO


Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em madeira ou em pedra. Uma das estátuas, de Malta, mostra uma mulher se masturbando de pernas abertas por volta de 4000 a.C. Outra retrata um homem sentado descabelando o palhaço em 5000 a.C.

CIÊNCIA


Os homens usam plantas medicinais há pelo menos 40 mil anos. Não há provas diretas, mas arqueólogos desconfiam que plantas do gênero Aneilema fossem usadas para evitar a gravidez, enquanto a borragem provavelmente já era usada para amenizar os sintomas da tensão pré-menstrual nas mulheres e como afrodisíaco para os homens.

HOMOSSEXUALIDADE


Pesquisadores apontam que a atividade homossexual masculina e feminina é comum em mais de 200 espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e insetos, o que poderia indicar que também era praticada pelos homens "pré-históricos". Entre os grandes macacos, como chimpanzés e gorilas, também rola sexo entre animais do mesmo gênero.

ZOOFILIA


A relação do homem pré-histórico com os animais era bem próxima – até demais! Há uma pintura rupestre de cerca de 3000 a.C., em Val Camonica, na Itália, que mostra um homem copulando com um asno! Já na Sibéria aparecem imagens de homens copulando com alces – em uma das pinturas, o homem está usando esquis nos pés enquanto transa com o bicho.

MULHER MELANCIA ANCESTRAL


Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser consideradas ancestrais da pornografia. A mais famosa é conhecida como Vênus de Willendorf: uma mulher de nádegas e peitos grandes com traços de corante vermelho, encontrada em uma região com traços de ocupação de até 40 mil anos atrás. Naquela época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres gordinhas teriam maior potencial de resistência, e por isso podem ter o padrão de beleza feminino da vez.

PAQUERA


Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena, usada nos cabelos. Sabe-se que extratos de beladona eram usados para dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção. Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam partes da pele, e jóias feitas de pedras, madeira ou dentes de animais.

CORPO A CORPO


Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter novos focos de atração sexual. Os peitos das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas que têm seios permanentemente grandes, passaram a ser tão atrativos quanto à bunda. Assim, o ser humano passou a ser um dos poucos animais que fazem sexo cara a cara, enquanto outros bichos praticam o coito por trás.



Para Saber mais: PICAZIO, Claudio - Sexo secreto: temas polêmicos da sexualidade - 1998 - 133 páginas.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A “Pré – História” do Sexo

Vênus de Willendorf


Particularmente eu não gosto de utilizar esse termo “Pré – História” por isso mesmo necessito explicá-lo. Do ponto de vista formal, a expressão “pré-história” designa tudo que houve antes da história humana se desenrolar. Na prática, esse mesmo termo abarca o período que vai desde o surgimento da vida da Terra, a evolução da espécie humana, indo até o aparecimento da escrita.

Dessa forma, percebemos uma curiosa contradição: como o termo pré-história é utilizado para se definir um tempo em que os seres humanos já existiam na Terra? Para compreender essa contradição, devemos conhecer quem foram os responsáveis pela existência do padrão que convenciona o período pré-histórico. Tal concepção apareceu precisamente junto aos historiadores positivistas do século XIX, que acreditavam que o estudo do passado só era possível por meio de documentos escritos. Dessa forma, julgavam que a compreensão do passado “pré - histórico” não poderia se sustentar em bases verdadeiras.





Atualmente, esse tipo de compreensão acabou perdendo espaço para outras formas de recuperação do passado. Muitos historiadores passaram a ver que as fontes que documentam o passado não se resumem aos documentos escritos. As manifestações artísticas, a oralidade, a cultura material e outros vestígios podem se entregar no entendimento do passado. Com isso, o mundo pré-histórico deixou de ser visto como um tempo “destituído de história”.


Então como essas pessoas exerciam a sua sexualidade?
Estudos feitos por arqueólogos baseados em objetos como estátuas e pinturas rupestres indicam que os homens e mulheres “pré – históricos” já distinguiam o sexo por prazer do sexo para reprodução, utilizavam cosméticos naturais para ajudar na paquera, faziam sexo em diversas posições e usavam métodos contraceptivos.
Em seu livro A Pré – História do Sexo o arqueólogo Timothy Taylor afirma que a “Arte pré-histórica, grande parte da qual tem conteúdo sexual explícito, obviamente revela coisas sobre as quais as pessoas pensavam, mas não pode refletir por completo o que realmente faziam”.


Para saber mais:

TAYLOR, Timothy – A Pré – História do Sexo: Quatro Milhões de Anos de Cultura Sexual.

O que é Sexualidade? E por que estudá-la?

Giorgione - Vénus adormecida (1510)

O que é Sexualidade?


Existem muitas formas de se tentar definir a sexualidade, provocando assim uma certa confusão para as pessoas que se interessam pelo assunto. Por isso escolhi postar aqui no blog a maneira mais fácil de ser entendida por todos. A sexualidade é então a necessidade de receber e expressar afeto e contato, que todas as pessoas têm e que traz sensações prazerosas para cada um. Assim, a sexualidade não é apenas sexo, é o toque, o abraço, o gesto, a palavra que transmite prazer entre pessoas e que temos desde antes de nascer, na barriga da mãe, quando bebês e durante toda a vida. Conforme vamos crescendo, descobrimos também o prazer provocado pelo contato sexual, através do estímulo que fazemos em nós mesmos ou com outras pessoas. Essa forma de exprimir a sexualidade vai se juntar às outras maneiras de contato que já vínhamos vivenciando desde a infância, gerando a sexualidade adulta.


Então por que estudar a sexualidade?


A preocupação com temáticas até então consideradas irrelevantes vem despertando, a partir das duas últimas décadas, um interesse cada vez maior por parte dos historiadores. Tais mudanças se devem, aos novos rumos abertos pela historia social e pela historia das mentalidades. Dentro desta profunda diversidade de temas o estudo da sexualidade afirma-se, cada vez mais, como um objeto fundamental na busca da compreensão dos possíveis significados das relações humanas, consideradas nos seus mais variados e complexos sentidos.

A repercussão nos meios acadêmicos do movimento feminista e do movimento gay, organizados e consolidados nas sociedades contemporâneas a partir de fins dos anos 60 e inícios dos 70, pode ser apontada como um dos aspectos responsáveis pelo fato de que boa parte das reflexões em torno do discurso sobre o sexo, bem como das vivencias e das praticas sexuais, foi produzida nos âmbitos da história da mulher e da história da homossexualidade.

Assim, as investigações históricas buscam contribuir no sentido de se pensar os significados mais profundos e complexos da sexualidade humana em diferentes sociedades no mundo contemporâneo.


Para saber mais:

FOUCAULT, Michel - História da Sexualidade Vol. 1: A Vontade de Saber

FOUCAULT, Michel - História da Sexualidade Vol. 2: O Uso dos Prazeres

FOUCAULT, Michel – História da Sexualidade Vol. 3: O Cuidado de Si


segunda-feira, 12 de abril de 2010

Objetivo do Blog

Objetivo:

Estudar as manifestações da sexualidade humana através da história. Sendo assim, será abordada a sexualidade no mundo contemporâneo, tanto no ocidente quanto no oriente.

Objetivos específicos:


· Debater a importância do respeito pelo corpo (o próprio e o do outro).

· Refletir sobre diferenças de gênero, orientações sexuais e relacionamentos.

· Construir pontos de vista sobre gravidez, métodos anticoncepcionais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).

· Discutir sobre a importância de uma vida sexual responsável.